A Polícia Federal (PF) afirmou que agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) agiram para atrapalhar a operação que foi realizada em 26 de janeiro de 2024 contra Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Abin.
A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e tinha como objetivo investigar possíveis irregularidades na atuação da Abin durante o governo de Jair Bolsonaro.
De acordo com a PF, os agentes da Abin tentaram impedir o acesso dos policiais aos documentos relacionados à operação. Eles também teriam resistido e questionado os mandados de busca e apreensão.
A PF afirmou que as ações dos agentes da Abin configuram obstrução de Justiça. O órgão está investigando o caso e pode indiciar os agentes envolvidos.
A operação contra Ramagem foi um desdobramento das investigações sobre a "Abin paralela", um esquema de espionagem ilegal que teria sido montado durante o governo Bolsonaro.
A investigação do STF apura se a Abin monitorou ilegalmente opositores do governo Bolsonaro, incluindo políticos, jornalistas e empresários.
Ramagem é investigado pelo STF por suspeita de participar da "Abin paralela". Ele foi um dos principais aliados de Bolsonaro na Abin e foi indicado para o cargo de diretor-geral da agência pelo presidente.