Em uma live nas redes sociais na noite de domingo, 28 de janeiro de 2024, o ex-presidente Jair Bolsonaro negou ter criado uma “Abin paralela” com a finalidade de espionar seus adversários políticos enquanto era presidente.
Bolsonaro disse que as acusações são “calúnias” e que ele nunca autorizou que qualquer órgão de inteligência do governo fosse usado para espionar adversários políticos. Ele também disse que a Polícia Federal está investigando o caso e que ele está à disposição para colaborar com as investigações.
As acusações de que Bolsonaro criou uma “Abin paralela” surgiram após a Operação Acesso Pago, deflagrada pela Polícia Federal em 20 de janeiro de 2024. A operação investiga o uso de recursos públicos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para espionar adversários políticos de Bolsonaro, incluindo ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
A operação resultou na prisão de dois ex-funcionários da Abin, que são acusados de participar do esquema de espionagem. Os dois ex-funcionários, Alexandre Ramagem e Luiz Felipe Scolari, são aliados de Bolsonaro.
Bolsonaro já foi alvo de outras investigações por suspeita de interferência na Polícia Federal. Em 2022, ele foi investigado pelo STF por suspeita de ter pressionado o então diretor-geral da PF, Alexandre Ramagem, a interferir nas investigações sobre o caso Marielle Franco.