O general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Jair Bolsonaro, foi convocado pela Polícia Federal (PF) para depor sobre o suposto esquema de espionagem ilegal no âmbito da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
O depoimento do general Heleno foi marcado para a próxima terça-feira (6) na sede da PF, em Brasília. Ele irá depor para a equipe que conduz o atual inquérito.
O inquérito da PF investiga a existência de uma "Abin paralela" dentro da agência de inteligência, que teria sido criada por ordem do presidente Jair Bolsonaro. Essa suposta "Abin paralela" teria sido responsável por realizar atividades de espionagem ilegal, incluindo o monitoramento de jornalistas, políticos e críticos do governo.
O general Heleno comandou o GSI de Bolsonaro à época em que o esquema ilegal de espionagem na Abin teria ocorrido. Portanto, ele é considerado uma testemunha chave no inquérito da PF.
A defesa do general Heleno disse que ele está disposto a colaborar com as investigações e que prestará depoimento "com a verdade e a transparência que sempre nortearam sua vida pública".
O suposto esquema de espionagem ilegal na Abin é mais um caso de ataque às instituições democráticas no governo Bolsonaro. O inquérito da PF é fundamental para apurar os fatos e responsabilizar os responsáveis por essa grave violação da lei.