Para estancar escândalo, ministros e aliados de Lula querem saída de número 2 da Abin
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu exonerar o diretor adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alessandro Moretti. A decisão foi tomada após uma operação da Polícia Federal (PF) no dia 25 de janeiro, que encontrou indícios de que Moretti teria articulado para impedir o avanço das investigações sobre a chamada "Abin paralela".
A "Abin paralela" é uma suposta estrutura paralela de inteligência que teria sido criada durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo as investigações da PF, Moretti teria participado de reuniões com ex-assessores de Bolsonaro para discutir como obstruir as investigações.
A exoneração de Moretti é uma medida importante para estancar o escândalo da "Abin paralela". No entanto, ela não é suficiente para afastar as suspeitas de que a Abin foi utilizada para fins políticos durante o governo Bolsonaro.
Segundo ministros e aliados de Lula, a exoneração de Moretti é apenas o primeiro passo. Eles defendem que o governo realize uma ampla reforma na Abin para garantir a sua independência e profissionalismo.
"A exoneração do diretor adjunto é uma medida necessária, mas não suficiente", disse o ministro da Justiça, Anderson Torres. "É preciso realizar uma ampla reforma na Abin para garantir que ela seja uma instituição profissional e independente."
O governo Lula também estuda a possibilidade de nomear um novo diretor-geral da Abin. O atual diretor, Luiz Fernando Corrêa, também é alvo de suspeitas de envolvimento na "Abin paralela".
A saída de Moretti e a eventual nomeação de um novo diretor-geral da Abin são importantes para restaurar a credibilidade da Abin. No entanto, é importante que o governo Lula também realize uma ampla reforma na instituição para garantir que ela não seja utilizada para fins políticos no futuro.