Após Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, se esconder na embaixada da Hungria, a Polícia Federal (PF) está considerando pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) que imponha uma tornozeleira eletrônica no político. O episódio gerou controvérsia e levou juristas a avaliarem que Bolsonaro está ainda mais encurralado com a justiça, tornando a prisão uma possibilidade real.
O ex-presidente ficou por dois dias na embaixada, onde não poderia ser preso pelas autoridades brasileiras. Essa estadia foi um aparente pedido de asilo, já que, dentro de uma embaixada estrangeira, ele não pode ser detido (um exemplo semelhante ocorreu com Julian Assange, fundador do WikiLeaks, que viveu por 7 anos na embaixada do Equador em Londres, apesar de um pedido de extradição dos Estados Unidos e de um processo no Reino Unido). Bolsonaro é investigado por uma série de crimes no Brasil, incluindo uma tentativa de golpe de Estado em 2022, após perder as eleições para Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Recentemente, ele também foi indiciado por associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema público, relacionados à falsificação de certificados de vacinas contra a Covid-19.
A Hungria, comandada pelo primeiro-ministro Viktor Orbán, é um país que Bolsonaro elogiou diversas vezes. O premiê húngaro chamou Bolsonaro de “herói” e manifestou apoio ao colega brasileiro. No entanto, tanto o advogado de Bolsonaro quanto a embaixada da Hungria no Brasil não se manifestaram sobre o assunto.
Esse acontecimento tem gerado grande repercuss