Henrique César de Oliveira Ferreira, ex-assessor de um deputado da Assembleia do Rio, está sendo denunciado por seis mulheres por crimes como agressão, cárcere privado e tentativa de feminicídio.
Duas das mulheres foram ouvidas pelo RJ2. Uma delas relatou à polícia que foi mantida em cárcere privado por ele, em Nilópolis, na Baixada Fluminense. A outra mulher conta que as agressões começaram quando ela descobriu que ele mantinha relacionamentos paralelos. Segundo ela, “Eu sentei com ele e conversei. Falei para ele que isso não dava para mim. Aí foi quando ele começou já a me agredir. Ele começou a falar que ia ficar comigo, sim. Que eu não iria ter paz se eu largasse ele. E que ele era capaz de fazer coisas que ele nem imaginava. Aí começou. Foi onde ele começou a dar soco na costela, tapas.” Ela também expressou o medo devido à presença de seu filho pequeno: “Eu tinha medo porque eu tenho um filho pequeno. Eu sempre tive uma família acolhedora, mas quem iria ficar com o meu filho? O amor de mãe ninguém consegue tirar. E aí eu tinha medo do que ele poderia fazer comigo, e eu ter que deixar o meu filho.” As agressões a essas duas vítimas ocorreram com três anos de diferença, segundo as denúncias. A agressão mais recente atribuída a Henrique foi na semana passada, quando ele manteve a vítima em cárcere privado. O apoio a esta mulher veio da mãe que decidiu expor o homem que tentou matar a filha dela em uma rede social. Outra mulher que diz ter sido vítima do mesmo agressor também se manifestou. O que acabou surgindo foi uma série de casos de agressão, todos atribuídos ao mesmo homem. O primeiro registro foi em 2021. De lá para cá, são pelo menos seis registros na polícia, medidas protetivas, exames de corpo de delito que comprovaram as agressões e mesmo assim, nenhum inquérito foi adiante. Outro ponto comum entre essas duas vítimas foi a forma como foram recebidas na delegacia.