Justiça reduz fiança de Trump, que vai a julgamento em 15 de abril de 2024

 As batalhas legais de Donald Trump oscilaram, nesta segunda-feira (25), entre as boas e as más notícias. Por um lado, ele conseguiu a redução da fiança que precisa depositar enquanto apela de uma sentença que pode minar seu império imobiliário, mas por outro lado, terá que voltar ao banco dos réus em 15 de abril.

Uma corte de apelações do estado de Nova York reduziu para 175 milhões de dólares (R$ 872 milhões) o valor da fiança que precisava depositar nesta segunda-feira pela multa de US$ 355 milhões (R$ 1,77 bilhão), somada a mais de US$ 100 milhões (R$ 499 milhões) em juros acumulados, à qual foi condenado em 16 de março passado por fraude fiscal. O empresário dispõe de mais dez dias para depositar a nova fiança.

O candidato presidencial republicano às eleições de novembro recebeu a notícia inesperada quando lhe foi fixada a data para sua próxima apresentação à justiça penal pelo pagamento de 130.000 dólares (R$ 648 mil, na cotação atual) a uma ex-atriz de cinema pornô para comprar seu silêncio ao final da campanha eleitoral de 2016.

O juiz Juan Merchán rejeitou os apelos dos advogados de Trump para atrasar o primeiro julgamento penal da história de um ex-presidente em pelo menos 90 dias e determinou que a escolha do do júri comece em 15 de abril. “Vocês estão literalmente acusando o gabinete (do promotor do distrito) de Manhattan e as pessoas vinculadas a este caso de má conduta da Promotoria e tentando me tornar cúmplice disso”, disse Merchan, visivelmente exasperado, aos advogados de Trump durante a audiência.

Trump é acusado de falsificar os livros contábeis de sua empresa para encobrir como gasto legal o pagamento feito à ex-atriz Stormy Daniels, cujo nome de registro é Stephanie Clifford, para silenciá-la sobre um suposto caso extraconjugal em 2006 e que o republicano de 77 anos sempre negou. “Não sei como é possível haver um julgamento em plena campanha eleitoral. Não é justo. Não é justo”, reagiu o ex-presidente, que deve disputar a Presidência dos Estados Unidos com Joe Biden em novembro.

O antigo inquilino da Casa Branca, para onde quer voltar em 20 de janeiro de 2025, diz que a sentença civil é “inventada” e que o “requisito da fiança, inconstitucional” e foram impostos por uma procuradora, Letitia James, que diz ser “racista e corrupta” e um juiz, Arthur Engoron, “controlado pela panelinha democrata” .

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