Acontece nesta terça-feira a Superterça, o dia mais importante do período pré-eleitoral americano. Nesse dia, vários estados votam simultaneamente em candidatos à Presidência dos Estados Unidos. Historicamente, a Superterça costuma ser decisiva tanto para o Partido Republicano quanto para o Partido Democrata. No entanto, neste ano, as candidaturas dos dois lados já estão praticamente definidas.
Joe Biden e Donald Trump despontam como favoritos absolutos em seus partidos. Apesar das polêmicas, como a questão da idade e da memória para Biden, e dos processos judiciais que Trump enfrenta na Justiça, ambos estão consolidados como os principais candidatos. Vale lembrar que Trump foi presidente dos EUA entre 2017 e 2020 e, nesta segunda, foi liberado pela Suprema Corte para concorrer novamente.
Nos Estados Unidos, os pré-candidatos de cada partido disputam prévias em cada estado e território, elegendo um certo número de delegados (representantes) em cada um deles. Quem tiver o maior número de delegados ao final do processo se torna o candidato do partido à Presidência. Os maiores colégios eleitorais são os da Califórnia e do Texas.
Neste ano, 15 estados e um território dos Estados Unidos votarão na Superterça pelo Partido Republicano, enquanto os democratas terão 16 estados, incluindo o território da Samoa Americana. Os primeiros resultados devem ser conhecidos entre as 20h e as 23h desta terça-feira, e as definições finais ficarão para as primeiras horas de quarta-feira.
O termo “super” se dá pelo grande número de delegados envolvidos no mesmo dia. Por exemplo, o candidato republicano precisa de 1.215 delegados para ser indicado à Presidência. Só na Superterça republicana, estão em jogo 854 delegados. Apesar do favoritismo, nem Trump nem Biden conseguirão a nomeação com a Superterça. Pelos cálculos, os dois pré-candidatos só poderiam ser confirmados como candidatos a partir de meados de março: Trump em 12 de março e Biden em 19 de março.
A votação da Superterça já foi decisiva em anos anteriores, como na disputa entre Barack Obama e Hillary Clinton em 2008, e na corrida pré-eleitoral de Donald Trump em 2016. Em 2012, também foi acirrada entre os republicanos, e em 2020, para os democratas.