As recentes políticas tarifárias implementadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, têm gerado impactos significativos nos mercados financeiros globais, afetando moedas, bolsas de valores e o comportamento dos consumidores.
Adoção de Tarifas e Reações Internacionais
Em fevereiro de 2025, Trump anunciou tarifas adicionais de 25% sobre todas as importações do Canadá e do México, com exceção de produtos de petróleo e energia canadenses, que tiveram uma taxa de 10%. Embora inicialmente previstas para entrar em vigor em 4 de fevereiro, as tarifas foram suspensas por 30 dias após acordos com os governos vizinhos para reforçar a segurança nas fronteiras. Posteriormente, em 10 de fevereiro, Trump aumentou as tarifas sobre aço e alumínio de todos os países para 25%, excluindo isenções anteriores para grandes fornecedores, incluindo Canadá e México.
Impacto no Mercado Cambial Brasileiro
As medidas protecionistas de Trump influenciaram diretamente o mercado cambial brasileiro. Em 8 de abril de 2025, o dólar disparou 1,43%, sendo negociado a R$ 6, marcando a primeira vez desde o início do ano que a moeda alcançou esse patamar. Essa alta representa um aumento de quase R$ 0,40 em apenas quatro dias de negociação.
Efeitos nos Mercados Financeiros Globais
As bolsas de valores também sentiram os efeitos das políticas tarifárias. O índice Dow Jones caiu cerca de 1,4% após Trump assinar ordens executivas impondo tarifas sobre o Canadá, o México e a China. No entanto, o mercado se recuperou posteriormente após o adiamento das tarifas.
Reações de Especialistas e Empresas
Especialistas alertam para as sérias repercussões econômicas das novas tarifas impostas por Trump. O politólogo Pablo Simón, por exemplo, advertiu sobre as graves consequências econômicas dessas medidas, sugerindo que todos deveriam "apertar os cintos".
As políticas tarifárias adotadas pelo governo Trump têm provocado volatilidade nos mercados financeiros globais, afetando moedas, bolsas de valores e o comportamento dos consumidores. A continuidade dessas medidas e as respostas dos parceiros comerciais dos EUA serão determinantes para o cenário econômico futuro.
