Carlos Bolsonaro recebia da Abin detalhes sobre inquéritos, diz PF
A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã de hoje (29), a Operação Acesso Pago, para investigar o uso indevido da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Segundo a PF, Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente, recebia da Abin detalhes sobre inquéritos que investigavam opositores do governo.
As investigações apontam que Carlos Bolsonaro tinha acesso a informações sigilosas da Abin por meio de um grupo de WhatsApp chamado "Abin Paralela". No grupo, ele conversava com aliados do governo, como o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, e o ex-assessor especial da Presidência, Filipe Martins.
A PF também investiga se a Abin foi usada para monitorar adversários políticos do governo Bolsonaro.
A Operação Acesso Pago cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços de Carlos Bolsonaro, de Mendonça e de Martins.
A PF afirmou que a investigação é um "importante passo para a apuração de graves crimes que podem ter sido praticados por agentes públicos".
A defesa de Carlos Bolsonaro afirmou que ele é inocente e que as acusações são "infundadas". A defesa de Mendonça e de Martins também negou as acusações.