O delegado Giniton Lages, que foi alvo de mandados de busca e apreensão na operação deste domingo (24) que prendeu suspeitos de mandar matar a vereadora Marielle Franco, esteve, na tarde desta segunda-feira (25), na Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), no Centro do Rio, para colocar uma tornozeleira eletrônica. Essa é uma das medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) contra Giniton e seu chefe de investigação, Marco Antônio de Barros Pinto.
A decisão também afasta ambos de suas funções como policiais civis enquanto durarem as investigações. Giniton foi o delegado que iniciou a apuração do Caso Marielle, indicado pelo então chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, que foi preso neste domingo e é suspeito não só de ter acobertado o crime, como também de ter avalizado o assassinato e planejado o crime. Lages é citado por desviar deliberadamente o curso das investigações, protegendo os mandantes do crime. Ele foi designado por Rivaldo Barbosa logo após o crime. Estrategicamente, segundo a Polícia Federal, ele apresentou a tese de que os executores materiais, Ronnie Lessa e Élcio Vieira de Queiroz, teriam agido motivados por ódio em relação às posições de Marielle. As medidas previstas contra Giniton são: suspensão do exercício de função pública; monitoração eletrônica; suspensão de porte e posse de arma de fogo; proibição de frequentar determinados lugares; proibição de contato com outros investigados, testemunhas ou colaboradores; comparecimento periódico em juízo; proibição de se ausentar da comarca; e entrega de passaportes.